terça-feira, 19 de novembro de 2013

That was some epic shit.

Uma decepção.
Um desconforto.
Vermelhidão.
Glóbulos brancos lutam para conter a infecção.
Podre.
Aprendemos da pior forma, que a melhor solução para uma ferida, não é arrancá-la, mas com algum esmero, fazer com que ela desapareça.
Cura.
Leva tempo demais, para a alma inquieta que permeia meus tecidos.
Ajoelhe-se comigo.
Vamos rezar.
Qual era o nome daquela Deusa encarregada de curar, mesmo?
Meu coração.
Não sei mais.
Adoração!
Uma úlcera, que lateja.
Divindades.
Ilusões e devaneios.
Vale mesmo a pena, usar drogas só para fazer aliviar a dor?
Não deveríamos deixar o tempo fazer seu papel, e ostentar com orgulho uma cicatriz?
(Mas, de que vale uma cicatriz se não se pode ver, e contar vantagem?)
Que guerreiro é você?
Mitra nunca te aceitaria em seu culto.
Valquíria alguma te levaria para Valhala.
Engula seu orgulho, meu soldado, e abrace suas habilidades... Deixei sua nova mente tomar conta.
(Make this motherfucker holy!)
Nada parece tão difícil, quanto ganhar a honra de uma dama que não existe, em uma batalha sem escudo, sem espada, sem armadura, sem casa, sem estandarte, sem país, sem ouro, sem glória.
Sem graça.
Hoje os corvos terão um banquete!

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Solta o verbo.

Amar.
Realmente existe tal coisa? (Creio que não).
É algo que pode ser mensurado?
Provas empíricas de sentimentos. 
Sentimento: "Ato ou efeito de sentir.
Aptidão para sentir; sensibilidade.
Sensação íntima, afeto"...
Etéreo.
Querida, se você soubesse, se assustaria.
Mas não sabe.
(Tenho romantismos pra te dizer,
que faria brotar borboletas no estômago de Afrodite).
No entanto, ninguém me ama.
Eu não digo. Não vivo.
Não. Nego amar.
É a única saída. Emergencial.
Papel, caneta.
"Nada, ninguém, e não", tem estado muito perto.
Afasta de mim.
O atalho.
Nada, ninguém e não (te): Amar.
"Não existe amor em lugar nenhum".
A aceitação é o primeiro passo, eles dizem.
Amar.
Verbo besta.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

No calabouço de metal, trava-se uma árdua batalha, entre o soluço e o riso.

Esperei, estava no 3.
Descendo.
2.
Abriu, vai.
Ela ia sair, percebeu que não era, e pareceu encabulada.
Eu ri.
Entrei, esperei.
Calor.
Ela estava suada, mas também pudera, ela estava no 3.
O 3 é um daqueles lugares tenebrosos, em que um monte de gente vai, pra sofrer, e ganhar como recompensa um pouco de dor.
Pavoroso.
Ela soluçou.
Eu ri.
Olhei, e ela estava de olhos fechados, como quem está profundamente impaciente.
Eu ri.
Ela soluçou.
1.
Abriu.
Desta vez ela não saiu.
Eu ri.
Alguém entrou.
A porta fechou.
Ela soluçou.
0.
Ela saiu apressada, afobada.
Andou 10 metros.
Ela soluçou.
E...
...Eu...
...Ri.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Panturrilhas de mulher.

"Eu gosto de panturrilhas de mulher".
Uma afirmação um tanto quanto aleatória, tenho de admitir.
Mas, após me pegar vagando com os olhos, e a mente (e quando não?), esbarrei nas panturrilhas.
Pelo jeito que ela se sentava, assim, com as pontas do pé fazendo força, dava pra ver o músculo, em contraste com aquela perna magra, depilada, brilhante, macia só de olhar, feminina, delicada.
Queria uma daquelas panturrilhas pra mim (uma só, é pedir muito?).
Pra beijar.
Pra guardar no bolso, e olhar só quando não tivesse ninguém por perto.
Pra me manter em pé.
Pra emoldurar, pendurar na sala-de-estar, e mostrar pras visitas, cheio de orgulho.
Pra amar.
E assim elas se levantaram, as panturrilhas magras, e foram embora, sorrindo (de?) para mim.
Adeus, pequenas batatas-da-perna.
Bom te ver.
"Há mais coisas entre o joelho e o tornozelo, do que pode sonhar nossa vã filosofia."

Queima.

Não consigo encará-la...
Se olhar nos olhos dela por tempo suficiente, tenho certeza que vou virar pedra... Mas não é Medusa.
Ouvir sua voz por tempo suficiente, tenho certeza que vou me afogar no oceano... Mas não é Sereia.
Que seja!
Nada será pior do que aquele momento, aquele milésimo de segundo em que ela ia escapulindo pela porta. Tirei um retrato pra guardar só pra mim. Daqueles que não se revela, pois está enclausurado na memória.
Ou aquele em que sorriu pra mim, iluminada por uma luz pálida, e nos beijamos. Daqueles que faz o corpo todo suspirar.
Mantenha as expectativas baixas. Mantenha as expectativas baixas. Mantenha as expectativas baixas.
Conselhos não irão ajudar.
Se você está numa via de mão única em direção ao Sol, de que adianta o protetor solar, e os óculos escuros?
Incendeia-me!
Está escrito, lá encima: “Não consigo encará-la...”.
Ela brilha de mais.
Ou é o Sol?

Ai, minha retina.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

People You Know.

Existe uma convenção subentendida nas relações interpessoais, de que as pessoas devem levar em consideração o sentimento, ou o bem estar alheio.
Diverso disso, pessoas só ligam para aquilo que é intrínseco, pra o que é seu, inerente.
Então, faz-se necessária a criação de uma identidade de si mesmo, duma faceta carinhosa, para que seja aceito pelo social. (A masquerade of lies will kill us all in the end)
Pode tentar negar isso, mas a falha é visível.
Pessoas são indivíduos. Pessoas são indivíduos.  Pessoas são indivíduos.
(I wanna love you but this house aint built for two)
Preciso entender isso melhor, avaliar a mecânica desse jogo.
Parar de negar.

(At times I'm scared that I'm acting, too)
Todos juntos, atuando.
O nome do espetáculo é: Moral.
Eu queria ter esquecido a minha em Cabo, ou que meus pais pudessem bancar o aborto...

domingo, 29 de setembro de 2013

That thing.

Por vezes parece que são peças pregadas.
Um encaixe tão fácil, tão sincero, mas quebrado, distante.
Um sonho.
Deitada, sonolenta, despenteada, solta.
Sua voz, embargada, resmungando (ronronando), solicitando: “Hmmmmm”.
Algo sem: Muito pensar, amarras, expectativas, mimimi, blá blá blá.
A reciprocidade da despretensão deve ser o que nos uniu tão fervorosamente. Tu ateaste fogo a pólvora, e a gente queimou (uma explosão memorável).
Eu não devia, pois não posso, mas, por mais momentos do que gostaria de admitir, você está lá, encravada em meu pensar. Com seu sorriso, seu jeitinho, seu corpinho, com o modo de falar.
Esta linha continua a repetir-se.

Por favor, continue...
E eu não sei por que luto.
("Tudo, como quem não quer nada", define.) 
Ela é ("O") amor (?)
<3

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Quando casar, sara.

Fobia social, não sei o grau, mas tenho, e não preciso que me digam que tenho, tenho consciência da sua existência.
Existe sim, a vontade de comunicação, de interação, mas é como se tudo isso estivesse embebido num líquido viscoso do subentendido. Falta expressividade, clareza, franqueza, falta eu tirar meu coração do peito, e esfregar nas caras das pessoas, lambuzar as caras pálidas com sangue fresco.
Não, agora não. Pense melhor sobre o assunto.
Pense.
Mais.
Um.
Pouco.
Sempre.
Mais.
Pra.
Sempre.
Nunca.
... E o momento passou. E a vontade ficou. E o sentimento se matou, estrangulado.

Isso a Globo não mostra! 

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Não petisca.

Tenho me negligenciado por tanto tempo, que nem sei ao certo se sou assim mesmo, ou se realmente posso ser o que poderia.
Ao que parece, mantenho-me num pote de formol, num âmbar eterno, num tártaro mitológico, do qual sem perceber, estrago minha vida mal vivida.
O agir é algo inalcançável.
INÉRCIA.
Só me movo quando alguém teimosamente me empurra. Sinto prazer no deslocamento, mas a bola-de-ferro, numa perna, e a âncora, na outra, me mentem “safe and sound”, na sem-gracez que acostumei em me viver.
Artistas. Rabisquem-me. Encham-me de cor.

domingo, 4 de agosto de 2013

3 meses cantando.


-

Estive pensando.
(Again and again, again and again...)
Que sofreguidão é essa, não? Nada em que consigo pensar, não sofre. Como o metal que é aquecido, e moldado, para se tornar alguma útil ferramenta. Passamos por situação semelhante, para nos adaptarmos ao mundo que nos abraça (para melhorarmos).
E no final do sofrimento, o ápice, a compreensão, (they call it clarity), o êxtase da realização de algo.
É como se no topo de cada tijolo de sofrimento, colocássemos um bocado de argamassa de sucesso, para construirmos uma torre que se eleva em direção ao céu (tocando-o), até se perder de vista, nas brumas enganadoras do futuro... Até que um dia, por não aguentar mais seu próprio peso, rua ao chão em que se teve origem. Um monumento mal pensado, e grotesco, que acaba com si próprio.
Vivemos um ciclo, estamos presos nele por correntes instintivas, que nos mantém escravos da existência.
Mas, vale a pena... Acho graça, da graça que é, ser recompensado por nada mais, nada menos, que o destino, que esbarra em você, enquanto você corre perdido em busca de respostas, de sabedoria.
Ou seria exatamente o inverso? Nascemos com esplendor, e vivemos em plenitude, até chegar aos dias mais horríveis de nossas vidas, e morremos, com a boca enrugada e cheia de remorsos, pelas coisas que gostaríamos de ter feito?
Um belo dia de verão, que no começo da tarde, ostenta um sol esplêndido, e que termina com uma chuva torrencial (abalado por truvões), que lava toda beleza que tinha?
(Este sou eu, completamente equivocado).
A verdade é que, mesmo com a chuva de uma tarde de verão, a noite se torna agradável, quente e úmida, como quando dois amantes se entrelaçam, num emaranhado de cobertores, afogados em suor, a fricção que solta uma fagulha, e cria um fogo espectral. E este fogo, nenhuma chuva apaga. Pois os amantes, ali, abraçam o sofrimento da dor, e a recompensa do prazer, unem a água e o óleo, carne com carne... E dão sentido ao que chamam de vida.
Amor: Muitos o buscam.

Eu só quero é viver!

domingo, 21 de julho de 2013

Eu odeio analogia.

Uma andorinha sozinha, que ainda acredita que fará um verão. 
Amigos, confesso-lhes, é duro. 
A coitada pode até não o fazer, mas ela acredita que um dia o fará. O verão é bom de mais pra se desistir facilmente, e ela é teimosa. "Mula empacada"? Pois vocês não conhecem a tal andorinha. 
A visão que ela tem do verão a faz suspirar, ela sonha acordada, com seus olhinhos fechados, ansiando pelo calor do verão, um calor de botar fogo em qualquer coração. 
Mas no fim... Ah, no fim. É só uma andorinha, esperando por outra de sua espécie, para assim o verão fazer. É uma pena, um desperdício de verão, deixar a andorinha, daquele jeito... Sozinha. 

 30/nov/12, mas poderia ser hoje.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Submerso.

Se pudesse escolher uma frase pra definir o momento, seria: "Well, fuck."
Obrigado, de coração! (E se não dele, do que mais, afinal?)
A lama na metade da canela, e quanto mais tenta sair, mais afunda.
Eu to até o pescoço.
~ s u b m e r s o ~
Até o osso do caroço.
E esse pressentimento de que não vai acabar bem? Desconfiança de quem entende como esse jogo é jogado, ou esperança de que esteja (redondamente) enganado.

Esperança-da-cabeça-do-meu-pau. Merda de palavra, merda quente e fedida.

Se prenda no que existe, não no que quer que exista, imbecil. <insira quantos imbecis conseguir, aqui>

Aí vem você, e me encanta, e me aprisiona na canção de sereia que é sua existência, me puxa pro fundo do mar que és, me explode com a pressão de léguas submersas que é te amar.
É possível chorar embaixo d'água, Shireen?

quinta-feira, 4 de julho de 2013

A.S.A.P

Deve ser chato, quando você não compartilha, ou até não compreende, essa coisa que costumam chamar de amor.
Mas de mim, "essa coisa" se multiplica, se personifica em diversas outras "coisas" ao meu redor. O amor que sinto, se identifica com as mais diversas facetas.
E eu peço desculpas (de novo, e mais uma vez), mas se o tal do amor que sinto, se pudesse ser visto, ele teria um daqueles carimbos, que a gente costuma ver em documentos, nos filmes. Vermelho, grande, chamativo... Dizendo:
[ URGENTE! ] 
Tento (juro) me manter neutro, esperar pelas coisas tomarem seus rumos, manja ter calma?
Esqueça, este não sou eu, não adianta me enganar, me forçar a morosidade do destino.
"E se ações falam mais alto que palavras, eu sou o barulho mais ensurdecedor que você já ouviu. Serei aquele zumbido em seus ouvidos, que vai perdurar por anos".
É coisa de necessidade.
Entenda: Eu te amo, porra! (sem o "_FUCKING_", desta vez).
Eu quero gritar isso.
EU ESTOU GRITANDO ISSO.
VOCÊ TÁ OUVINDO?
ALOW!

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Mar de rosas.

E pensar que tudo se resolveria.
Imbecil.
Um mar de rosas, não, nunca vai existir. Olha pra essas palavras, releia essa linha: Um mar de rosas, não, nunca vai existir. (Nunca)
Crie o que quiser na sua cabeça, a realidade sempre vai te esmagar. É o jeito torto (picassianico) que a vida dá pras coisas. 
Conseguir é frustração, por vezes total, por vezes parcial, mas de um jeito ou de outro, lá, e lá de novo.
“Ninguém falou que ia ser fácil.”-“Ninguém falou que ia ser fácil.”-“Ninguém falou que ia ser fácil.”
É, mas... Mas nada. Não fale, não pense, aceite, engula, estrangule, morra.
Quem sabe, não é? Continue vivendo. Um dia a maldita (vida) te recompensa, como se fosse um cão que executou um comando, obedientemente.

HAHA, que merda.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Pegue minha mão, moça.

Então é isso, você quis, e eu fui.
Fui-me, diretamente pra você.
E você não é nada diferente do que pensei.
Você, aqui comigo... E não era sonho.
A realidade me surpreendendo.
Finalmente!
Sonhos quase inalcançáveis, em minhas mãos, em meu nariz, em minha boca.
Em mim.
Você.
Um só.
Ainda não.
Pegue minha mão, moça.
Vamos por aí, juntos.
Eu quero mais.
Quero que o mundo todo saiba.
“Deixe-me ser sua gravidade.”
Seja comigo, o que és pra mim.

Amor.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Wait right here.

Pensei em desistir, quis deixar pra lá, mas não tinha como, a esperança queima dentro de mim, v a g a r o s a m e n t e . . . 
Meus dias prostrado, esperando, amaldiçoando, desejando, etc(ando)...
Na boa, você me deixa bagunçado. Não existe forma melhor de ilustrar seu efeito em mim.
E o pior, é que... -É AMOR-, não aquelas paixões adolescentes, moldadas de pura estética. O que sinto, dói, é real, te admiro completamente.
Fecho meus olhos e: Vejo você...
Andando na luz do sol do começo do fim da tarde, vindo em minha direção.
Despenteada, com o cabelo preso, apressada... E mais linda que nunca.
Séria, prestando atenção, por trás de seus óculos.
Fecho meus olhos, e vejo você!
Penso em você e... Eu vou explodir.
Eu estou explodindo!

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Dreamlover


Sonhei com ela, DE NOVO.
Minha mente (in?)voluntariamente te procura.
Nem que seja no meu mundo de sonhos.
Juntos, pernas entrelaçadas, você morde minha bochecha, e ri.
Ah, em êxtase!
E...
Meu quarto.
“ It was all just a dream, oh no.”
Triste.
Seria capaz de viver uma vida irreal, só pra te ter, pra sempre. Mas não, eu tinha que acordar. Tinha que te perder. Outra, e outra, e outra vez... Sendo que nunca te tive.
Torturante.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Honestiosamente.


Eu não sou honesto comigo, nem nunca fui com ninguém nesta minha vida. Eu me escondo, nunca ninguém sabe, não conto pra ninguém, afinal, ninguém precisa saber, não é interessante. A ideia de importunar me mantém seguro, na sombra da solidão. O sol grita em tentação, mas sempre aquela voz supera o sol, a voz, maldita voz... “Pra que? Não interessa. Não interaja. Ninguém se importa. Lack of Faith in myself.
Eu realmente odeio pessoas, ou acho que as odeio, por serem pessoas, sendo que parto da conclusão, que: Sou pessoa, me conheço, logo, pessoas sendo pessoas como sou pessoa, são odiáveis?
Deixem-me só, afinal. Preciso debater comigo mesmo com minhas próprias opiniões odiosas, acerca de questões desinteressantes, pois não quero importunar vocês, pessoas.

- - -

Ilustrando melhor... 

sábado, 19 de janeiro de 2013

Verbo "Ser".

O som do ventilador rodando. Sem música, sem harmonia, o mesmo som mecânico e besta.
Este sou eu, pensando em você.
O desejo de você, é quase aquele desejo sedento, de abocanhar uma fruta madura e cheirosa. Mas não posso.
Este sou eu, impotente.
Tentei, falei querendo dizer, gritei pra te fazer entender, Pelo menos tentei. Não consegui, mas ainda quero.
Este sou eu, inconformado.
Pode-se dizer que sou muitas coisas, dentre tantas, a que se faz dizer mais alto, é a que sou incontestavelmente apaixonado. É gritante o "eu te amo" que não posso dizer.
Triste, eu diria... E este sou eu.