sábado, 26 de julho de 2014

Caiu o inverno.

Fecho o vitrô, que é pra não entrar o frio.
O vento assobia.
O inverno chegou, e ninguém viu.
No peito, um vazio.

As estações mudando, e você permaneceu.
Não comigo, mas na lembrança. 
Apenas no anseio.
Na memória do meu sono tranquilo. Com a cabeça descansada no seio seu.

O sentimento se reprime.
A vontade é de falar no seu ouvido que: te amo.
Mas quando lembro de como não tenho o deleite de gozar de você. 
Fecho minha boca, e o "te amo" se transforma em: obrigado, mas estou fazendo regime.

No inverno é assim, a gente sente fome.
O regime desanda.
A vontade vence.
Pra saciar meu paladar, boto uma boa colherada com o doce do seu nome.

Um filme, e um grosso cobertor.
Desejando você ao meu lado, pra juntos assistir.
Mas o filme de hoje é de drama, pra chorar.
Só quando estiver aqui comigo, que eu vou escolher um que seja de amor.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Una.

Mesmo que eu tente, em outras historietas remontar.
Não sai do mesmo jeito.
Nem se eu tentasse infinitas vezes.
Sem o ingrediente imprescindível pro sucesso.
Não adiantaria.
É pura e simplesmente.
Você.
E veja bem, bonita: Eu tento.
Fadado à falha.
Miseravelmente. 
Aquele sentimento, de quando minha mente se distrai.
E voa.
Direto pro exato instante em que nossos corpos quentes estão juntos.
É o que basta.
O mínimo fragmento de memória. 
Pra me lembrar.
Pra me bagunçar, como só você tem a capacidade de fazer.
Pra me fazer perceber, com um sorriso sumblime no risco da boca.
(Meio que imitando o seu?)
Que você exerce um tipo de força especial.
Única.
Que continua em me auto hipnotizar, com a sua visão.
Me aquece.
E me esmaga, ao lembrar que és apenas uma lembrança. 
Tangível, na mesma medida que distante.
Eu balanço a cabeça. 
Como se a imagem projetada pela minha memória fosse uma fumaça, envolvendo minha cabeça. 
Como se a imagem fosse dissipar.
Como se pudesse esquecer você.
Quem dera.
Ela vai, mas ela volta.
Sem avisar.
Me pega.
Deve ser tudo parte de seu script.
Uma obra prima de encenação. 
Da mais linda atriz.
Os holofotes brilham nela, ou não tem holofote algum?
Sei lá, é muita luz, no meio da escuridão. 
Ela brilha!

domingo, 13 de julho de 2014

Set to destroy.

Meus sentidos, todos eles perdidos em você. 
Meus olhos grudam no seu ser. 
Não adianta tentar desviar.
Preciso captar cada movimento da dona do vestido florido.
Com cada palavra, qualquer som que emita, é o suficiente pra ressoar em meu peito um eco ensurdecedor. 
E então o cheiro...
(Drawn to the smell of please)
O mais cativante é o odor de enlouquecer.
Me tira do eixo, do foco, do centro.
De mim.
Quando se trata de você, não consigo premeditar nada, não consigo conter meus instintos, minhas ações. 
Basta estes olhos em mim, e o jeito como você fecha eles, pra me desconstruir.
O menor dos toques, pra me desabar.
Me destrói!