terça-feira, 2 de setembro de 2014

Adora dor.

Tenho estado cansado.
E a impressão que tenho é a de que sono algum pode me descansar.
Mesmo que se eu me privasse de movimento por dias, ainda sentiria meus músculos ardendo.

Espasmos involuntários. 
Dormência. 
E aquela sensação de quentura, quando o sangue passa a fluir normalmente.
Rigidez.
Dor.

Quando isso vai deixar de ser parte integrante do "viver".
Quando o esgotamento físico e psíquico vão deixar de se unir no "comum"?

Vida adulta é aquela parte da vida em que o anseio pela volta da infância é constante? 
Pela volta de tardes em que poderia se dormir um sono pesado, mas é preferível se esgotar numa corrida sem tempo definido atrás duma bola?
Quando toda força do seu ser, se baseia em: ter de volta uma daquelas tardes depois da escola, em que se pode fazer o que você quiser?

Volte, tardes de moleque da rua.
Volte, para descansar uma carcaça que mal madurou, e já ameaça cair do pé, com qualquer vento que seja.
Volte pra acalmar uma mente atordoada com a torrente de informações que tem que processar.
Volte e me traga uma cota de paz.