sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Auto controle.


Um dia eu pensei ter sentido amor. Algum dia distante, distante demais para eu me recordar com alguma clareza.
Hoje só vejo que não sinto nada, não tenho nem certeza de já ter sentido amor algum dia.
Estou vazio, sozinho num canto, conformado com minha solidão, triste e incapaz. Juro que tento amar. Vejo, sinto, penso, e nada me comove, nada me locomove, nada me motiva. É como se nada valesse a pena. Merda!
Penso precisar de tanta coisa, mas vez ou outra o “será mesmo?”, está lá pra estraçalhar qualquer suspiro que eu dê.
Sinto falta de intimidade, de sentir perfumes doces, de olhares, de pele, “de’s” diversos. É como se estivesse preso entre o “não me precipitar” e esse desejo insistente. Que fica me tentando, que nem o diabinho dos desenhos infantis, alisando seu bigode e me cutucando com seu tridente, enquanto o anjinho com seu olhar tonto de sabedoria e ar superior me mentem calmo. “Don’t try.”, diz ele.