domingo, 4 de agosto de 2013

3 meses cantando.


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Estive pensando.
(Again and again, again and again...)
Que sofreguidão é essa, não? Nada em que consigo pensar, não sofre. Como o metal que é aquecido, e moldado, para se tornar alguma útil ferramenta. Passamos por situação semelhante, para nos adaptarmos ao mundo que nos abraça (para melhorarmos).
E no final do sofrimento, o ápice, a compreensão, (they call it clarity), o êxtase da realização de algo.
É como se no topo de cada tijolo de sofrimento, colocássemos um bocado de argamassa de sucesso, para construirmos uma torre que se eleva em direção ao céu (tocando-o), até se perder de vista, nas brumas enganadoras do futuro... Até que um dia, por não aguentar mais seu próprio peso, rua ao chão em que se teve origem. Um monumento mal pensado, e grotesco, que acaba com si próprio.
Vivemos um ciclo, estamos presos nele por correntes instintivas, que nos mantém escravos da existência.
Mas, vale a pena... Acho graça, da graça que é, ser recompensado por nada mais, nada menos, que o destino, que esbarra em você, enquanto você corre perdido em busca de respostas, de sabedoria.
Ou seria exatamente o inverso? Nascemos com esplendor, e vivemos em plenitude, até chegar aos dias mais horríveis de nossas vidas, e morremos, com a boca enrugada e cheia de remorsos, pelas coisas que gostaríamos de ter feito?
Um belo dia de verão, que no começo da tarde, ostenta um sol esplêndido, e que termina com uma chuva torrencial (abalado por truvões), que lava toda beleza que tinha?
(Este sou eu, completamente equivocado).
A verdade é que, mesmo com a chuva de uma tarde de verão, a noite se torna agradável, quente e úmida, como quando dois amantes se entrelaçam, num emaranhado de cobertores, afogados em suor, a fricção que solta uma fagulha, e cria um fogo espectral. E este fogo, nenhuma chuva apaga. Pois os amantes, ali, abraçam o sofrimento da dor, e a recompensa do prazer, unem a água e o óleo, carne com carne... E dão sentido ao que chamam de vida.
Amor: Muitos o buscam.

Eu só quero é viver!