terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Errado.

Erros.
Na vida passamos pelos erros.
Ou são eles que passam por cima de nós?
Implacáveis.
Da próxima vez que me perguntarem qual o sentido da vida, ou o que é a vida em sí.
Eis minha resposta: Um universo de erros.
Erros nos fazem aprender.
Nos fazem lamentar.
Na busca incansável do acerto.
O que é certo? 
É errar.
Resta o conformismo, de que se errou, mesmo querendo acertar.
Que importância tem?
"De boas intenções o inferno está cheio."
Porem, o que permanece.
Nas memórias das pessoas, é a falha.
A impotência nos azucrina, com sua sentença zombeteira.
O tempo cuida pra que, no meio do caminho, exista uma pausa.
Entre um erro e outro.
Achamos uma ou outra certeza.
A não ser que seja tarde.
Pra errar.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Aquele lá.

Um sorriso sincero, estampado na cara.
Daqueles que você meio que se envergonha.
Quando se lembra.
Do fato.
O ato, de não se conter.
E perder.
(A sanidade)
Toda pose.
Pra te pegar.
E te beijar.
Aquele.
Que o equilíbrio se esvai.
Aquele lá.
Daquela junção de sensações.
Do toque no seu cabelo, de sua boca incansável, da sua voz sussurante (que pede), do seu cheiro... Incomparável.
É daquele que eu lembro.
É aquele que eu sempre vou querer...
Saudosos dias de festa, em que festa estive.
Pra guardar na mente como modelo.
E dos dias felizes, eu trago um vislumbre de felicidade, ao hoje.
"Que foi?" - Me perguntam.
"Nada".
(Tudo).

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Conflagrado.

Na escuridão de meu quarto.
É o momento de ausência de luz, que me ilumina.
Mesmo sem a luz, onde existe um grande reflexo.
Reflexão.
Onde eu me procuro.
Buscando me achar, dentro de mim.
Às cegas, na base do tato.
Paladar, olfato, audição.
Através de sentidos, atrás de sentimento.
Teria meu sangue perdido tanto calor?
Ao ponto de congelar meu coração?
Talvez um "Eu", demasiado importante para dar importância ao nós?
Se não sei se sei o que sou, poderia saber se seremos nós?
Mesmo quando tua presença me conflagra, seria prudente que eu usasse deste casco de pedra, pra me manter seguro?
Ou eu deveria queimar?
O casco.
Ou você?

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Adora dor.

Tenho estado cansado.
E a impressão que tenho é a de que sono algum pode me descansar.
Mesmo que se eu me privasse de movimento por dias, ainda sentiria meus músculos ardendo.

Espasmos involuntários. 
Dormência. 
E aquela sensação de quentura, quando o sangue passa a fluir normalmente.
Rigidez.
Dor.

Quando isso vai deixar de ser parte integrante do "viver".
Quando o esgotamento físico e psíquico vão deixar de se unir no "comum"?

Vida adulta é aquela parte da vida em que o anseio pela volta da infância é constante? 
Pela volta de tardes em que poderia se dormir um sono pesado, mas é preferível se esgotar numa corrida sem tempo definido atrás duma bola?
Quando toda força do seu ser, se baseia em: ter de volta uma daquelas tardes depois da escola, em que se pode fazer o que você quiser?

Volte, tardes de moleque da rua.
Volte, para descansar uma carcaça que mal madurou, e já ameaça cair do pé, com qualquer vento que seja.
Volte pra acalmar uma mente atordoada com a torrente de informações que tem que processar.
Volte e me traga uma cota de paz.

sábado, 26 de julho de 2014

Caiu o inverno.

Fecho o vitrô, que é pra não entrar o frio.
O vento assobia.
O inverno chegou, e ninguém viu.
No peito, um vazio.

As estações mudando, e você permaneceu.
Não comigo, mas na lembrança. 
Apenas no anseio.
Na memória do meu sono tranquilo. Com a cabeça descansada no seio seu.

O sentimento se reprime.
A vontade é de falar no seu ouvido que: te amo.
Mas quando lembro de como não tenho o deleite de gozar de você. 
Fecho minha boca, e o "te amo" se transforma em: obrigado, mas estou fazendo regime.

No inverno é assim, a gente sente fome.
O regime desanda.
A vontade vence.
Pra saciar meu paladar, boto uma boa colherada com o doce do seu nome.

Um filme, e um grosso cobertor.
Desejando você ao meu lado, pra juntos assistir.
Mas o filme de hoje é de drama, pra chorar.
Só quando estiver aqui comigo, que eu vou escolher um que seja de amor.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Una.

Mesmo que eu tente, em outras historietas remontar.
Não sai do mesmo jeito.
Nem se eu tentasse infinitas vezes.
Sem o ingrediente imprescindível pro sucesso.
Não adiantaria.
É pura e simplesmente.
Você.
E veja bem, bonita: Eu tento.
Fadado à falha.
Miseravelmente. 
Aquele sentimento, de quando minha mente se distrai.
E voa.
Direto pro exato instante em que nossos corpos quentes estão juntos.
É o que basta.
O mínimo fragmento de memória. 
Pra me lembrar.
Pra me bagunçar, como só você tem a capacidade de fazer.
Pra me fazer perceber, com um sorriso sumblime no risco da boca.
(Meio que imitando o seu?)
Que você exerce um tipo de força especial.
Única.
Que continua em me auto hipnotizar, com a sua visão.
Me aquece.
E me esmaga, ao lembrar que és apenas uma lembrança. 
Tangível, na mesma medida que distante.
Eu balanço a cabeça. 
Como se a imagem projetada pela minha memória fosse uma fumaça, envolvendo minha cabeça. 
Como se a imagem fosse dissipar.
Como se pudesse esquecer você.
Quem dera.
Ela vai, mas ela volta.
Sem avisar.
Me pega.
Deve ser tudo parte de seu script.
Uma obra prima de encenação. 
Da mais linda atriz.
Os holofotes brilham nela, ou não tem holofote algum?
Sei lá, é muita luz, no meio da escuridão. 
Ela brilha!

domingo, 13 de julho de 2014

Set to destroy.

Meus sentidos, todos eles perdidos em você. 
Meus olhos grudam no seu ser. 
Não adianta tentar desviar.
Preciso captar cada movimento da dona do vestido florido.
Com cada palavra, qualquer som que emita, é o suficiente pra ressoar em meu peito um eco ensurdecedor. 
E então o cheiro...
(Drawn to the smell of please)
O mais cativante é o odor de enlouquecer.
Me tira do eixo, do foco, do centro.
De mim.
Quando se trata de você, não consigo premeditar nada, não consigo conter meus instintos, minhas ações. 
Basta estes olhos em mim, e o jeito como você fecha eles, pra me desconstruir.
O menor dos toques, pra me desabar.
Me destrói!

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Coisado.

Descontrole.
Acho que essa é a palavra.
A palavra que define.
O momento.
O relance de quando a gente se olha nos olhos, sorri, e não se segura.
Se deixa levar, por essa torrente.
Esse tufão, tornado, tromba d'agua, ciclone, tempestade. 
Enfim, esse evento climático de quando eu estou junto de você. 
Quando a gente se beija.
Esquece o arredor, e os que nos rodeiam.
E logo acaba.
E a calma.
Só fica a lembrança...
Do seu rosto, na minha visão. 
Do seu cheiro, no meu olfato.
Do seu corpo, no meu tato.
Da sua boca, no meu paladar.
Da sua voz, na minha audição. 
"Me bagunça".
Deslocado!
De louco, um bocado.
Não sei qual a reação que tu causa em mim.
Só sei que me deixa com o coração meio "assim".
Sabe?

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Enquanto, e quando.

Seria a falta de atenção,  ou de expectativa?
Receba!
Aparece, e reluz.
Acorda rapaz, e bota um sorriso no rosto, que ela está ali.
Ela sorri, ela é bela.
Toda.
Tudo ela.
Mal pode perceber a sorte que tem, no acaso da vida. Que te dá numa bela forma, o que não se espera.
Olá,  felicidade! O prazer é meu.
Pertinho, de você. (Pra você).
Não se esconda, não!
Quero te ver (ter).
Desabrocha, querida. Bota um pouco dessa beleza no jardim de minha vida.
Faz assim: aqui, colada em mim.
Me segura, enquanto eu finjo que quem te segura sou eu.
Enquanto você balança essa cabeça aí, balança o peito daqui.
Enquanto o querer te ter.
Enquanto seja por enquanto: o quanto durar.

terça-feira, 24 de junho de 2014

Vai!

Segue vida.
Assim, meio sem rumo, sem escolher, com um norte meio nebuloso.
As coisas tomam forma.
Mais uma vez, o encaixe torto torna sensato o jogo da sobrevivência social.
Não preciso correr,  apenas andar.
É nas frestas que desponta o que queremos.
Vai fazendo, que uma hora fazem por (com) você. 
De repente é o vestido florido preso na cintura e solto no corpo, que vai moldar a beleza.
Que vai suspirar.
Amar? Ainda não. 
Aumente a temperatura do forno, até a pele tomar aquele bronzeado.
Um, dois, três: e...

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Mais que bala de revórver.

Não consigo decidir, quão fundo você irá me ferir.
Se vai me atravessar, ou quem sabe ficar.
Se instalar. Se alojar.
Na sombra do coração. 
Ou nas lágrimas que rolarão.
É passageira, ou veio pra ficar?
Veio de mala e cuia, ou foi só pra provocar?
Me fazer transpirar, suspirar, ou clamar (pra nunca mais voltar)?
É um começo,  e desde já me coloco a pensar...
Como é que isso irá terminar? 
Tudo acaba.
(Ao menos é o que espero).
Eles dizem. Eu concordo!

terça-feira, 27 de maio de 2014

Banho.

E é nessas brincadeiras peraltas que a vida insiste em nos provocar.
Cara travessa.
Riso solto.
Com hematomas nas pernas, de tanto brincar.
A despretensão da juventude para com o futuro.
Futuro.
A incerteza do depois.
Confrontada com a certeza de que será.
De certo, por certo.
A tensão intensifica a espera, com seu querer palpitando e pulsando, mandando sangue quente, para todo meu corpo.
Sangue que queima, como o fogo.
Fogo na aura, na alma, na cabeça.
Brilha nos olhos, e deslumbra o olhar.
(É impressionante como ficamos impressionados como queima o fogo, não? Nos pegamos fitando fogueiras que queimam sem ser domadas, o que quer que toque, ou que se deixa tocar).
A vontade irrefreável, e o cabresto tensionado em nossas mãos.
Um animal selvagem no pleno uso de sua musculatura.
Fibra.
Por
Fibra.
Queria eu que viesse uma torrente dos céus.
Pro fogo apagar.
Pra vontade esfriar.
Pra alma lavar.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Cá entre nós.

Deixa pra lá.
Até não poder mais.
Me conformar.
Conforto no que não foi.
Despindo de importância.
O que quer que seja que se queria.
Não mais.
Pra lá pra onde?
Lá,
onde não existe Sol
muito menos Do Ré Mi Fá?
Algumas perguntas são mais difíceis de responder.
Lá-gri-mas.
Um dia você se revolta, e você grita, e desfaz a paz, pra vestir uma maquiagem macabra de indignação.
Reprovação.
É o que recebemos do homem mediano.
Os julgadores.
Seres supremos da moralidade.
Salvaguardando a normalidade de sua amada sociedade.
Devia agir.
Desmantelar.
E não deixar,
o que não foi,
ao desalento do acaso.
Ações falam mais que palavras.
E o barulho mais alto que já ouviu.
Serei eu.
Aqui, agora.
Não lá.
Não mais.
"Lá se vai."
(E nem ouse voltar).
Ou, lá vai virar meu depósito lotado de talvez, lotado de frustração, lotado de nada, que eu afastei do meu alcance para que ficasse resguardado de mim.
Me protegendo de um risco que eu quero correr.
Disfunção.
Hoje não.
Amanhã preciso acordar cedo.
Fazer dinheiro.
Pra gastar.
Numa vida sem sentido algum.
Num mundo sem propósito.
Me gastar.
Sem amor.
Eu só queria um pouco de tempo pra consertar algumas coisas essenciais, entende?
A vida.
Eu.
Você.
Nós.
E...
Não mexa lá, me prometa isto.
As coisas que deixei, são minhas pra esquecer.
Ainda assim...
Incomoda, entretanto...
Entretanto. Entretanto. Entretanto.
Entre.
Tanto.
Faz.

domingo, 13 de abril de 2014

Deficiente.

É esse não saber que nos massacra, afinal.
Já disse, você deve ter uma ideia de como é...
Não é?
A ignorância tortura.
Creio que seja o pior estado que um ser com polegar opositor, e consciência possa passar.
Quando vamos saber? Quando vamos ser recompensados com o estado de clareza? Quando vamos abrir os olhos e dizer "Eu vejo tudo, eu vejo TUDO!", ein?
São as linhas paralelas de vidas que seguem juntas sem nunca se encontrar.
Essa você conhece muito bem: "Seria cômico, se não fosse trágico".
Sempre na procura sem voz, de quem queira te ouvir.
Seguimos.
Sem se tocar.
Paralelos.
Eu.
Não.
Sei.
Eu não sei.
Eu não vejo nada.
Meus olhos,
estão fechados.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

O Amor é uma dor.

A dor que mais dói, está ligada à pessoa.
E geralmente é assim com a alegria.
É inerente à humanidade.
Sentir.
Estamos ligados por laços invisíveis.
Um sem fim de conexões.
Uma teia de interações.
Desde o cordão umbilical.
Até que a morte nos separe.
E então vem a dor.
Quando alguém vai, ela vem.
Quando rompe, pega no olho.
Estrala no peito.
E chicoteia o rosto.
Faz um risco de salinidade.
Marca nossa bochecha de umidade.
O cenho se franze.
Melancolia nos põe em transe.
A culpa de tudo?
O amor não faz sentido, se o verbo não for. 
Amar.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

---.

Me arrisco.
Ao ver papel em branco, faço um rabisco.
Se não ficou bom, risco.
Sempre correndo esse risco...
Não contem pra ninguém, mas a tinta: Deixa o papel arisco.

domingo, 23 de março de 2014

Condor (Com dor).

Tudo começa no reimpulsionar da vida.
Quando a gente deita pra levantar.
Descansa pra cansar.
Me acomodo, e fico incomodado.
Falta algo que me segure.
Ou pra mim segurar.
Não tem face, mas sei que é bela.
Eu quero ela.
O conforto de ter-te, para amar-te.
Ter em minhas mãos, seu rosto, seu cabelo para acariciar.
Em meu peito, sua cabeça descansar.
Nada pra mencionar.
O silêncio, e nosso respirar.
Paz. Sublime paz.
E então o tormento da dúvida, paira acima de nós, como um Condor.
Se em meu peito aberto, eu te segurar.
Você vai ficar?
Ou vai se livrar?
Não acho que um peito aberto, seja então capaz.
De amar.

domingo, 16 de março de 2014

Clap your hands, and say: Yeah!


Não adianta.
Você é a ilustração certa, daquela parte da letra que diz: "Please don't slow me down, If I am going too fast...".
Eu queria não querer.
Mas é só acontecer, que dá aquela sensação boa, aquela lá, de fechar os olhos, de retrair a bochecha num sorriso maroto, suave.
Sonhando acordado.
Você contém aquilo que muitos tentam explicar, em vão.
(Tem como definir aquilo que ousa alcançar a perfeição?)
O que nos resta é: Enaltecer a magia que faz, com o simples fato de existir, de viver.
Vamos lá, não se acanhem...
Palmas!

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Hollow.

É como se eu estivesse prestes a iniciar o primeiro dos meus últimos dias.
A necessidade de enfrentar o mundo, que vem me cobrar com o peso de aço, rachando a minha porta ao meio.
A preparação psicológica que alguém constrói é de porcelana.
E rachou.
No meio do caos.
Solidão de quem nunca vai ter a companhia que quer.
Por sonhar sozinho sonhos impossíveis.
E eu entendo.
Tantos rostos no mundo, e eu quero o seu.
Muitas camadas.
Recuso-me a tirar certas cenas da minha mente perturbada.
Assombre-me, fantasma.
Existe um rolo de filme todinho seu na minha memória.
Acho que é seu sorriso...
Esse sorriso desorganiza um organismo, moça.
Tu guarda uma arma em forma de dentes e não tem medo de usar (sem noção das consequências).
Dizem que poetas tem musas inspiradoras.
Eu "tenho" um tipo nefasto.
Nem tente.
Ah... Eu quero te amar, mas esta casa não foi feita para dois.