segunda-feira, 21 de abril de 2014

Cá entre nós.

Deixa pra lá.
Até não poder mais.
Me conformar.
Conforto no que não foi.
Despindo de importância.
O que quer que seja que se queria.
Não mais.
Pra lá pra onde?
Lá,
onde não existe Sol
muito menos Do Ré Mi Fá?
Algumas perguntas são mais difíceis de responder.
Lá-gri-mas.
Um dia você se revolta, e você grita, e desfaz a paz, pra vestir uma maquiagem macabra de indignação.
Reprovação.
É o que recebemos do homem mediano.
Os julgadores.
Seres supremos da moralidade.
Salvaguardando a normalidade de sua amada sociedade.
Devia agir.
Desmantelar.
E não deixar,
o que não foi,
ao desalento do acaso.
Ações falam mais que palavras.
E o barulho mais alto que já ouviu.
Serei eu.
Aqui, agora.
Não lá.
Não mais.
"Lá se vai."
(E nem ouse voltar).
Ou, lá vai virar meu depósito lotado de talvez, lotado de frustração, lotado de nada, que eu afastei do meu alcance para que ficasse resguardado de mim.
Me protegendo de um risco que eu quero correr.
Disfunção.
Hoje não.
Amanhã preciso acordar cedo.
Fazer dinheiro.
Pra gastar.
Numa vida sem sentido algum.
Num mundo sem propósito.
Me gastar.
Sem amor.
Eu só queria um pouco de tempo pra consertar algumas coisas essenciais, entende?
A vida.
Eu.
Você.
Nós.
E...
Não mexa lá, me prometa isto.
As coisas que deixei, são minhas pra esquecer.
Ainda assim...
Incomoda, entretanto...
Entretanto. Entretanto. Entretanto.
Entre.
Tanto.
Faz.

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