segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Conflagrado.

Na escuridão de meu quarto.
É o momento de ausência de luz, que me ilumina.
Mesmo sem a luz, onde existe um grande reflexo.
Reflexão.
Onde eu me procuro.
Buscando me achar, dentro de mim.
Às cegas, na base do tato.
Paladar, olfato, audição.
Através de sentidos, atrás de sentimento.
Teria meu sangue perdido tanto calor?
Ao ponto de congelar meu coração?
Talvez um "Eu", demasiado importante para dar importância ao nós?
Se não sei se sei o que sou, poderia saber se seremos nós?
Mesmo quando tua presença me conflagra, seria prudente que eu usasse deste casco de pedra, pra me manter seguro?
Ou eu deveria queimar?
O casco.
Ou você?