quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Sorry, Moon!

É uma daquelas noites de verão que o calor tira muita gente suada da cama. A lua brilha sozinha num céu sem nuvens, aquele brilho pálido e fantasmagórico característico dela, e lá fora só o som dos cachorros, latindo desconfiados de seus quintais sombrios.
Sento em minha cama, com o ventilador ligado, sem camisa, e com a janela aberta, e lá fico, encarando a lua, sabendo que com esse calor será difícil pegar no sono. No momento em que a encarei, meus olhos marejaram, meu semblante ficou triste, pesado. Me arrebata só de vê-la, Lua.
Não deveria apreciar sua beleza. Não sou digno, sei que não sou. É quase como se fosse errado o fazer.
Afinal, a lua é para casais apaixonados, e sonhadores (não que tenha muita diferença entre eles, mas enfim...).
Eu? Ah, eu sei lá. Só peço desculpas pela ousadia de lhe fitar, moça.

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